Já ouviu falar em “gordura no fígado”?
A esteatose hepática ou doença hepática gordurosa é o acumulo de gordura nas células do fígado. Ela pode ser classificada em alcoólica (provocada pelo consumo excessivo de álcool) ou não alcoólica, e fatores como sobrepeso, obesidade, diabetes, sedentarismo e colesterol alto estão associados ao aparecimento dessa alteração.
O diagnóstico pode ser feito através de exames de sangue, associados com exames de imagem como a ultrassonografia de abdome e a ressonância magnética. O melhor método para o diagnóstico é a biópsia hepática, porém ela é raramente utilizada por ser um método invasivo e por apresentar riscos.
Ela é perigosa? Aproximadamente 10-25% dos casos de esteatose hepática, quando por tempo prolongado, podem evoluir para quadros graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer (hepatocarcinoma). Além desses riscos, é importante salientar que a maior causa de mortalidade em pessoas com essa doença é a doença cardiovascular (infarto ou AVC, por exemplo).
Não existe um tratamento específico para o excesso de gordura no fígado e ele é feito geralmente através da resolução da causa da doença, como por exemplo o tratamento do diabetes e do colesterol alto.
Três pilares são fundamentais no tratamento: alimentação equilibrada, prática de exercícios e a redução do consumo de álcool.
A boa notícia é que uma perda de 10% do peso corporal já pode reduzir drasticamente a quantidade de gordura no figado.
Atenção: o consumo de alcool deve ser evitado, pois aumenta o risco de progressão da doença!
Fonte: Nonalcoholic Fatty Liver Disease and Cardiovascular Risk: A Scientific Statement From the American Heart Association
https://www.ahajournals.org/doi/epdf/10.1161/ATV.0000000000000153